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"os músicos nacionais apenas são chamados para alegrar, nos intervalos, os programas de má língua, palhaçadas e cozinhados. E muitas vezes, se querem aparecer, vão à borla, porque quem manda diz que assim são promovidos... O meu primeiro cachet, no Zip-Zip, foi de 7.500 escudos, o que na altura era uma pipa de massa.
E agora como é? Quem se lembra, por exemplo, de um espaço televisivo onde os cantores tenham direito a ser acompanhados por uma orquestra, ou de meia-hora para mostrar a voz, a arte e a vida de um artista? E ainda por cima pedem-nos - exigem-nos - para fazer "playback", porque fica mais barato e, dizem, porque fica melhor do ponto de vista técnico... Pois eu não aceito, não faço "playback" - a música e a poesia de uma canção são um acto de inteligência, comunicação e cultura. A minha atitude mental enquanto criador impede-me de ser restritivo na minha prática profissional. Há emoções e cumplicidades que têm que se estabelecer com quem me escuta".
Pedro Barroso
Etiquetas: Barroso, Pedro
Colocado por delta
sexta-feira, julho 27, 2007