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sábado, outubro 27, 2007

 

Manuel Freire


"(…) Num mundo cada vez mais feio, porco e mau, as pessoas especiais como o António Gedeão são as que nos fazem acreditar que esse mundo pode ser, que o podemos fazer, que temos de o fazer, um pouco mais lindo, mais limpo, melhor. São os imprescindíveis!

O António Gedeão não merecia este texto; mas que fazer? Eu sou bom é com as palavras dele e estas são minhas."

FREIRE, Manuel, in Jornal de Letras, Ano XVI, nº 680, 6 a 19 de Novembro, 1996





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Manuel Freire nasceu em Vagos ( Aveiro), no dia 25 de Abril de 1942.

O seu primeiro trabalho discográfico foi um EP com 4 temas, entre os quais o famoso "Livre" ( Não há machado que corte a raiz ao pensamento, porque é livre como o vento...). Editado em 1968, este disco contém ainda "Dedicatória" , "Pedro Soldado" e "Eles".

O cantor começa a relacionar-se com outros da mesma área, tais como Adriano Correia de Oliveira, José Afonso ou Padre Fanhais.
Após uma participação no programa "Zip Zip" na RTP, em que interpreta uma canção com o poema de António Gedeão "Pedra Filosofal" , obtém um êxito quase imediato.
Tinha um irmão, oficial do Exército, que lhe telefonou no dia 25 de Abril de 1974, dando-lhe os parabéns pelo aniversário e perguntando-lhe se tinha gostado da prenda. A prenda era a Revolução dos Cravos.

A seguir ao 25 de Abril de 74, Manuel Freire dedica-se aos recitais, um pouco por todo o país, actuando sobretudo em Associações Recreativas e Culturais , onde mantém um público fiel. A limpidez da sua voz , a pronúncia correcta e o facto das suas músicas serem acompanhadas por excelentes poemas contribuem para o seu reconhecimento público.

Manuel Freire é um cantor que, ainda há pouco tempo, era convidado com frequência para sessões nas Universidades portuguesas. Hoje, a cultura estudantil está noutra onda...

.: Manuel Freire :: Livre :.



terça-feira, outubro 16, 2007

 

Adriano Correia de Oliveira






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Já o tempo se ia habituando a navegar por mares adversos e a buscar na inquietação da noite a saída para o quotidiano das ruas da amargura.

A lamber as esquinas ao sabor das fugas que atormentavam o espírito e o corpo.

A avisar em surdina que erguiam muros em volta dos subterrâneos da liberdade.

A entoar canções com lágrimas como se o choro acalmasse o ódio a uma vida feia, ameaçante sempre a rondar os confins do desespero.

Já o tempo se ia habituando!!!

Com outros vieste do fundo do tempo a bordo das barcas novas.
Chegaste de mansinho erguendo a voz com pressa de viver naquela terra assombrada.

Sentiste ao que vinhas e cantaste o mês onde começava a mágoa dizendo que nunca poderiam ser os rostos a bater à porta do poema.

Ao vento que passava perguntavas o que já sabias; que o vento calava a desgraça e por isso nada dizia.

Pediste uma capa negra, uma rosa negra que virasse as costas à saudade.

Fizeste-nos namorar com a menina dos olhos tristes à espera do soldadinho que nunca mais havia de chegar.

Ensinaste-nos a falar com a lua viajante que nos trazia as más notícias: o soldadinho, afinal, voltava numa caixa de pinho do outro lado do mar.

Disseste-nos que eras livre como as aves, que os corações que nascem livres não se podem acorrentar, que não há ventos que não prestem nem marés que não convenham.

Pediste ao tejo que lavasse bancos e empresas de comedores de dinheiro, palácios e vivendas, casebres e bairros de lata porque a uns fartam e a outros matam.

Foste dizendo, cantando, avisando até que saíste aparelhando um barco abandonado na praia num Outubro em ressaca das marés vivas, vividas.

Desses tempos tão perto continuam a caminhar - exactamente aqui ao lado - os amigos que já partiram, os amores e...

...e os desamores, as vitórias e as derrotas, todas as causas, passadas, presentes e futuras, o mundo que quiseste mudar.

Desses tempos tão perto continuam a caminhar - exactamente aqui ao lado - todos os sonhos, mesmo aqueles que...

Já foram esquecidos, as utopias que parecem loucas, as alegrias e as tristezas que têm assolado este palmilhar de estrada.

Porque nos ensinaste a haver sempre alguém que resiste, sempre alguém que diz NÂO...

Por teres ajudado a descobrir a saída do vale escuro passaste a caminhar, desta vez não ao lado...

...mas para sempre dentro da vida de um povo.

Fazendo-nos ao mar para que não fiquemos cercados continuaremos por isso a acender no teu, o nosso cigarro.

Paulo Esperança (texto)

.: Adriano Correia de Oliveira :: As Mãos :.


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terça-feira, outubro 09, 2007

 

Hasta Siempre Comandante!



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Guevara foi capturado a 8 de Outubro de 1967. Passou a noite numa escola de La Higuera, a 50 quilómetros de Vallegrande, e, no dia seguinte, por ordem do presidente da Bolívia, general René Barrientos, foi executado com nove tiros numa escola na aldeia de La Higuera, no centro-sul da Bolívia, no dia seguinte à sua captura pelos rangers do Exército boliviano, treinados pelos Estados Unidos.


A sua morte, no dia 9 de Outubro de 1967, aos 39 anos, interrompeu o sonho de estender a Revolução Cubana à América Latina, mas não impediu que os seus ideais continuassem a gozar de popularidade entre as esquerdas.


Embora os seus ideais sejam românticos aos olhos de um mundo globalizado, ele transformou-se num ícone da história das revoluções do século XX e num exemplo de coerência política. A sua morte determinou o nascimento de um mito, até hoje símbolo de resistência para os países latino-americanos.


Quarenta anos depois, Che ainda é um símbolo da libertação, soberania e dignidade.




.: Compay :: Comandante Che Guevara :.